Constelações Sistêmicas


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Um trabalho atual, eficiente e profundo, que tem contribuído para uma grande melhora nas relações e nas dinâmicas de vida das pessoas.


A Constelação Sistêmica é um trabalho terapêutico, criado pelo Alemão Bert Hellinger e que trata dos padrões de comportamento que se repetem nos sistemas ao longo de gerações, seja familiar ou outro tipo de sistema (organizacional, por exemplo). Muitos dos problemas, dificuldades e até mesmo doenças podem estar ligadas a situações ocorridas em outros momentos na história familiar ou de um sistema e que não se resolveram, interferindo, portanto, em nossas vidas hoje.


Todo o passado está presente em nós com tudo o que foi apreendido num processo cumulativo e que impulsiona o movimento da vida, levando a seguir o curso em sua evolução. Isso se denomina “Ressonância Mórfica”, teoria criada pelo Biólogo Ruppert Sheldrake. Mas alguns acontecimentos que não se esclareceram tendem a reter este movimento, criando “nós”, emaranhados e impedindo o fluxo natural da vida. Como um padrão, estão também presentes em nós, se repetindo através das gerações e dificultando alguns encaminhamentos no momento atual.


“A Ressonância Mórfica” tende a reforçar qualquer padrão repetitivo, seja ele bom ou ruim. Por isso, cada um de nós é mais responsável do que imagina, pois nossas ações podem influenciar os outros e serem repetidas”. (Ruppert Sheldrake)

Temos naturalmente uma necessidade muito grande de pertencimento e isso nos leva a repetir os mesmos padrões já vividos no sistema familiar, inconscientemente, para sentirmos que fazemos parte dele. Neste sentido, há uma fidelidade aos nossos antepassados e, sem julgamento qualquer, repetimos esses padrões para honrar o que eles viveram. E assim se formam os emaranhados.


Em cada sistema, todos tem um lugar numa ordem natural dentro do fluxo da vida (ordens do amor). É importante que cada um esteja no seu lugar natural: pai e mãe no lugar deles e filhos nos seus também, para receberem de seus pais a vida e seguirem seus caminhos. Pais que receberam dos avós e estes dos bisavós e, assim, sucessivamente. Quando há distorções dos lugares também aparecem os emaranhados.


Então, podemos dizer que a constelação é uma vivência de papéis (lugares) de um sistema, dispostos num espaço físico determinado e onde se apresentam as dinâmicas dos acontecimentos que já foram vividos no sistema. Isso acontece por ressonância, reverberação, manifestando a memória dos fatos ocorridos, num processo involuntário e sem qualquer alteração do estado de consciência dos participantes.


Uma pessoa (constelado) apresenta um tema (situação que necessita trabalhar) a partir do qual são definidos os papéis a serem representados. Então, ela escolhe entre outros participantes do grupo presente, alguns para representar esses papéis de membros do seu sistema familiar. Esses representantes são dispostos no espaço de trabalho e se movimentam de forma a representar como a pessoa constelada sente as relações entre tais membros e isso acontece espontaneamente. Em seguida, o facilitador, guiado pelas reações desses representantes, em conexão com o campo de informações que se apresenta (ressonância) e utilizando os recursos necessários, conduz o trabalho, com as dinâmicas que se apresentarem pelo próprio sistema. O sistema tende a buscar o seu equilíbrio e ele próprio apresenta as informações necessárias e que precisam ser cuidadas. O movimento é involuntário e o sistema é o próprio guia, tentando libertar-se dos nós que o impediram e buscando possíveis soluções novas e libertadoras. É ele quem leva para o caminho da cura que se necessita, revelando a verdades ocultas. O processo segue até que tenha sido possível a liberação dos emaranhados e cada papel tenha um lugar e sinta-se incluído e bem dentro do seu sistema. E isso acontece em vários níveis e todo o sistema (membros do presente e do passado) se reorganiza e retoma o seu fluxo natural de vida.


Todo o movimento ocorre sem análises, julgamento ou crítica, mas com respeito e reverência. E a pessoa constelada geralmente sente-se aliviada e como se algo "encaixasse". Os ganhos são amplos, mas com certeza, há um equilíbrio nos vários aspectos da vida, não só da pessoa, mas de todo o sistema do qual pertence. E a “alma fica mais leve”! É percebida a compreensão de muitas situações que levam ao equilíbrio. Essa compreensão é que leva às respostas, muitas vezes.

O apoiador (ou representante) é um participante do grupo que poderá ser convidado a representar algum papel de um sistema, numa constelação. Todos os participantes se beneficiam de alguma forma e sentem-se, geralmente, mais leves e em harmonia, pois quando se trata de sistema, são muitas as interligações que ocorrem entre eles e situações comuns e, muitas vezes, nos identificamos com algo que está sendo trabalhado. Portanto, todos os presentes são trabalhados também.